terça-feira, 13 de março de 2018

Veneno - Ademir Demarchi


Veneno

* Por Ademir Demarchi

O veneno circula pelas veias
injetando os olhos
e repelindo o corpo.
Cada órgão,
pedaços em busca de caminho,
esboçando explosões inúteis que desejam dissipação.
A sensação degradada do estilhaço sem cor .
O último poema uma palavra apenas
que se encaixa na terra e no vazio do papel.
A voz quando a palavra não há.

* Doutor em Literatura Brasileira e editor da Revista Babel


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