segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Ausência

* Por Celeste Fontana

Não sei sé é ausência ou é saudade
Esse pântano que me invade
Que subjuga o meu ser

Não sei se é paixão ou é pecado
Esse fogo que me queima
Meu âmago, sangue e entranhas
Vazio
Areia movediça
Hesitação

Não sei se é amor ou é distância
Este amargo e insano frio
Que em minhas vértebras penetra
Tremem ao vento
Sombras
Desalentos
Esperanças derrotadas
Águia engaiolada
Luas de vinagre e fel

Não sei se é pecado ou é castigo
Esta cela estreita
Invisível
Que me aprisiona e multiplica
Abismos de ausências
Paredes de morte
Tormentas
Brumas
Sacrifícios

Vendavais que choram adeuses
Pós que cobrem despojos de dor
Atrozes despedidas
Miseráveis solidões
Que sangram
Beijam
E profanam
A linha divisória do meu coração


* Poetisa



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