domingo, 10 de dezembro de 2017

Alicerces

* Por Pedro J. Bondaczuk

Deus, como estou faminto
de participar da ceia do amor,
de envolvê-la nos grilhões dos braços,
de reter seu corpo ao ígneo oceano
dos meus incontidos desejos,
de captar a alma do tempo,
de calar o murmúrio do infinito,
de promover a fusão irreversível
dos anseios e dos objetivos!!!

Quero deter a fuga célere das horas,
prender o agora nas celas da alma,
pra que o amor não se deteriore
em maçante rotina, em cáustica indiferença.

Quero viver, intensamente, o presente
de uma forma ideal, substantiva,
fazer deste momento inesquecível
alicerces para um amor superlativo!

(Poema composto em Campinas, em 25 de março de 1978)

* Jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções, foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance Fatal” (contos), “Cronos & Narciso” (crônicas), “Antologia” – maio de 1991 a maio de 1996. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 49 (edição comemorativa do 40º aniversário), página 74 e “Antologia” – maio de 1996 a maio de 2001. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 53, página 54. Blog “O Escrevinhador” – http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk



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