quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Aviso


* Por Adriano Spínola


não há lei nem rei
que me afronte:
meu poema é liberdade
minha casa uma ponte

não há rei nem lei
que me amedronte:
meu cartório é o vento
minha escritura é defronte

não há lei nem rei
que me afronte:
minha gleba é o homem
e a hora minha fonte

não há lei nem rei
que me amedronte:
trago um mandato do tempo
e a dor no horizonte.


* Poeta cearense.
 

 

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