terça-feira, 10 de outubro de 2017

Só porque Narciso é meu nome
* Por Péricles Prade
Um centauro
verde eu vi
cuspindo estrelas no campo.
Nas sobrancelhas da neve
pousei
os arcos de trigo maduro.
Também
sou Legião
quando no fogo
multiplico o jogo.
Água doce
não quero
só porque Narciso é meu nome.



* Poeta, contista e crítico de arte. Publicou os livros de poemas Nos limites do fogo (1976), Os faróis invisíveis (1980) e Sob a faca giratória (2010), entre outros. Os poemas aqui publicados pertencem ao livro inédito Casa de máscaras. Vive em Florianópolis (SC).  

Nenhum comentário:

Postar um comentário