terça-feira, 17 de outubro de 2017

Crianças têm culpa?
 
*Por José Calvino


Sabendo que existem pessoas que gostam de ler, faço cá as minhas escritas com observações sobre o comportamento do nosso povo. Perante a lei, ao menos, todos nós somos iguais. Mas será? Não acredito que no nosso Brasil se tenha uma educação básica que nos prepare para vivermos felizes da vida. Observo sempre que a maioria dos que nascem neste país não tem preparo para viver dignamente, e não tem sequer o primário. Continuo dizendo que a culpa é do governo. Por que, do contrário, será que os meninos e meninas têm culpa? Claro que não.
 
Pergunto  mais uma vez a mim mesmo, até quando assistiremos a esse filme chamado Brasil? Será que tenho esta percepção mais extraordinária do que a maioria da população? Penso que não devo deixar de escrever denunciando as injustiças sociais e responsabilizar os governos federal, estadual e municipal. Com esses embaraços não venham me dizer que não foram eles que ensinaram o povo a mania de freqüentar as igrejas com confissões, esmolas pelo amor de Deus, com orações dirigidas a Deus ou a um santo ou santa qualquer, prejudicadas psicologicamente em sua formação, pedindo ajuda ou auxílio para as pessoas necessitadas, embora até hoje isso não tenha adiantado nada. Os políticos, por sua vez, nunca mostraram interesse para sanar, por exemplo, o sofrimento dos sertanejos e o que eu vejo é muita politicagem para tirar proveito da situação critica em que encontram esses povos. 
 
Enfim, termino esta crônica com a poesia intitulada “Filme chamado Brasil”:


Estamos assistindo esse filme
Chamado Brasil!
Todos nós sempre temos dito:
“Esse filme já passou”
Já dizia Machado de Assis:
“A hipocrisia é a solda que une a sociedade”.
Quem nos ensinou viver assim?
No despertar de um novo horizonte...
Qual de nós sentirá recordação?
Será difícil reverter esse quadro!!!
Como diz Chico Buarque:
“De que me vale ser filho da santa?
Melhor seria ser da outra”.
Fora à mediocridade
Viva o Brasil!


Nota – “Filme chamado Brasil”, extraído do livro:“Miscelânea Recife II”, p.33- ed. Esgotada
 

*Escritor.


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