quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Nas esquinas

* Por Núbia Araujo Nonato do Amaral

- O que andas fazendo?
- Aqui, ali sem obrigatoriedade.
- Feliz de ti, andas com liberdade.

Prosseguirei pois a família espera-me para o jantar; a ti deixo meus cumprimentos por estar vivendo tão feliz momento.


O silêncio instala-se ensurdecedor. Aquele que se diz livre olha para os pulsos sem relógio, sem hora. Olha para o céu que indiferente às suas inquietações, anuncia o prenúncio de uma noite que avança a galopes.

A lágrima disfarçada morre no lenço enquanto o fel da solidão desperta na garganta o nó duro de engolir.


* Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário



Nenhum comentário:

Postar um comentário