segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Gotas silenciosas

* Por Lucélia Lima

Mudo a cada noite e a cada amanhecer
Mudo minha forma e meu jeito de pensar
Vou reconstruindo os cacos ao entardecer
Perco-me em pensamentos, sem agonizar
Enfrento meus fantasmas do passado
Travo batalhas com minha consciência
Não posso esquecer, esse foi meu legado
Vou atrás dos passos da minha existência

Sobrando-me retratos e imagens distorcidas
Pedaços do amor por meios escondidos
Que ao longo do caminho foram esquecidas

Nesta busca incansável restam-me as feridas
Dores do caótico vendaval de apenas fluídos
Caindo gotas silenciosas, tim tim das bebidas





* Poetisa

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