Fração de tempo e espaço
* Por Pedro J. Bondaczuk
Limite. Limito o universo.
Eixo cartesiano de tempo e
espaço.
Verme e gigante, ínfimo e
colossal
(na dependência do ponto
de vista encarado).
Antes e depois de mim há o
infinito e eterno.
Arrogância de Lúcifer.
Importância de ameba.
Espírito indômito
aprisionado em frágil cristal.
Rústica semelhança com o
Onipotente,
imprudente conhecedor da
ciência do Bem e do Mal.
Semideus no pensamento,
animal na ação.
Feixe de paradoxos, finito
e mortal.
Incógnita incompreensível,
“x” da criação.
Protetor e carrasco de todo
o reino animal.
Pó das estrelas dos
confins do universo,
Racional e besta-fera,
acompanhado e só.
Estarei, eternidade afora,
decomposto e disperso,
sou poeira estelar. Ontem e
amanhã, apenas pó!
(Poema composto em São
Caetano do Sul, em 10 de janeiro de 1964).
*
Jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de
Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do
Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções,
foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no
Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios
políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance
Fatal” (contos), “Cronos & Narciso” (crônicas),
“Antologia” – maio de 1991 a maio de 1996. Publicações da
Academia Campinense de Letras nº 49 (edição comemorativa do 40º
aniversário), página 74 e “Antologia” – maio de 1996 a maio
de 2001. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 53,
página 54. Blog “O Escrevinhador” –
http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk
Os pomposos micro e macro fazendo a gente pensar.
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