domingo, 30 de julho de 2017

O verso do homem


* Por Márcio Juliboni



Menos virtuais. Mais virtuosos.
Assim quereria os homens de meu tempo.
Mais fácil encarar as câmeras do que os olhos.
Mas os olhos estão fechados.
O homem por trás do homem... Simples? Sério? Forte?
Como é o verso do homem?
Desse homem que não tem verso; só prosa?
Que pede para ser lembrado,
mas se esquece...
Quisera não houvesse a primeira pessoa de vencer
- a não ser no plural.
No singular, os demais conjugamos seu antônimo.
Os homens de meu tempo,
ao meu tempo pertencem.
Por onde andam?
Todos de mãos dadas...
Todos de mãos dadas...
Não me dispersar?
Ir junto?
Afastemo-nos.
Quero minhas mãos bem lavadas.

*Jornalista, cobre Economia e Negócios no portal Exame. Trabalhou no serviço de notícias online, “Panorama Setorial”, do jornal Gazeta Mercantil, na Agência Estado e em várias revistas segmentadas. Iniciou a carreira na grande imprensa em 2000.



Nenhum comentário:

Postar um comentário