Musa
aprisionada
* Por
Pedro J. Bondaczuk
Musa
aprisionada
no
cárcere sombrio
de
uma realidade
tensa
e perversa.
Crises,
violência,
terrorismo
e medo
baniram
a poesia
para
além do horizonte.
Multidões
vociferam
destilando
ódio
num
vasto oceano
de
incompreensão.
Vidas
que nascem,
vidas
se extinguem
sob
o signo maldito
e
homicida de Caim.
Procuro
a poesia
nas
águas, no ar,
no
espaço infinito,
nas
profundezas
escuras
da alma
inconsciente
em
busca de luz.
Tentativa
frustrante,
baldada
e vã.
Vislumbro
o caos
no
sombrio horizonte
de
incerto amanhã.
Angústia
imensa!
Porquanto
vislumbro
com
olhar frio
a
Musa aprisionada
no
cárcere sombrio
de
uma realidade
perversa
e tensa.
‘(Poema
composto em Campinas, em 5 de junho de 2017).
*
Jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de
Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do
Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções,
foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no
Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios
políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance
Fatal” (contos), “Cronos & Narciso” (crônicas),
“Antologia” – maio de 1991 a maio de 1996. Publicações da
Academia Campinense de Letras nº 49 (edição comemorativa do 40º
aniversário), página 74 e “Antologia” – maio de 1996 a maio
de 2001. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 53,
página 54. Blog “O Escrevinhador” –
http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk
Vejo que abandona, temporariamente, espero, seu otimismo de sempre. Há momento de vertigem com as pauladas na cabeça, mas no seu caso, será passageiro, pois tonteira não é torpor.
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