quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Tura-mali viride (entre a luz e a escuridão)


* Por Samuel C. da Costa


É o brilho límpido
Vívido
Do cristalino olhar
Da Ninféia-Alba

São os verdes olhos
Luminescências atrozes
Vorazes
A me fitar
Da sacrossanta diva
Que na densas alturas vive

É sempre
Em tediosas horas mortas
E é sempre ela
A lasciva negra dor
Pungente
De ser eu mesmo
E mais ninguém
Que me condena
Ao infinito sidéreo
Da equidistância
Mais-que-perfeita

É o brilho vago
Límpido
Vívido
Ebúrneo
Do cândido olhar
Da magnifica Alba

Sempre ela
E mais ninguém


* Poeta de Itajaí/SC.

Nenhum comentário:

Postar um comentário