quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Na madrugada


* Por Núbia Araujo Nonato do Amaral


Madrugada ia alta, uns recolhidos confortavelmente em seus quartos, outros assaltando a geladeira que desesperada indicava no calendário mais da metade do mês.

Frustrado o indivíduo se prepara para dormir. Luzes acesas, casa aberta. Ao adentrar na sala, um susto! Uma meliante espoja-se confortavelmente no seu sofá, flagrada no ato ela se mostra indignada, olha acintosamente, respira devagar, ameaça mostrar os dentes e suas garras afiadas.

A única arma à mão é uma velha almofada que foi atirada numa só tacada expulsando a temível ameaça. Luzes apagadas e um afago de boa noite na consternada meliante que satisfeita aceita o carinho e vai dormir.

* Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário



Nenhum comentário:

Postar um comentário