sábado, 26 de novembro de 2016

Badulaê


* Por Clarisse da Costa


Na aurora das noites
sombrias
onde o negro
mal podia deitar
ouvia os gritos
do irmão
a chorar de dor.
O som do chicote
entoava com o canto...
Badulaê, Badulaê...
E as lágrimas
em pele ressecada
escorriam
feito vidro
cortando a pele!


* Artesã e produtora cultura em Biguaçu/SC.

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