segunda-feira, 18 de abril de 2016

A fita amarela


* Por Talis Andrade


Quando eu morrer não quero choro nem vela
quero uma fita amarela gravada com o nome dela

Quando eu morrer vou encontrar Carlinhos e Capiba
compondo versos de excelência para os bem-aventurados
que chegaram ao céu

Onde anda ela
Dizem que casou
passa o dia limpando a casa
lavando roupas e panelas

Boa de forno e fogão
onde anda ela
Dizem que passa o dia na janela
Nem hoje sabe a importância
de uma fita amarela gravada com o nome dela.

* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).



Um comentário: