segunda-feira, 14 de março de 2016

Recife e Olinda

* Por Clóvis Campêlo


Do Recife
ví os altos coqueiros,
soberbo estendal;
De Olinda,
escutei os guerreiros,
Marim dos Caetés;
Das pontes
vi o rio caudaloso,
correndo incessante;
Das praias
vi o peixe amarelo,
a cauda de Iemanjá;
Dos coqueiros,
vi o sol nascendo,
prometendo um novo dia;
Das gaivotas,
vi o vôo livre, rasante,
cortando o ar.

Dos carnavais,
vivi fantasias e
bebi alegrias;
Dos bares
curti o som festivo
e revi companheiros;
Das jangadas,
vi a luta dos homens
em busca da vida;
Das cirandas,
vi o rosto do povo,
dançando e
cantando a alegria;
Dos amores,
vivi as ilusões
de grandes paixões.

Do poema,
vesti-me de versos;
Da lua,
mergulhei no espaço;
Do sol,
alimentei a
minh'alma;
Dos arrecifes, avistei e
amei a cidade;
Dos morros,
deslumbrei horizontes
e decifrei a
planície.

Recife, 2007

* Poeta, jornalista e radialista.


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