terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Cartão de crédito

*Por José Calvino


Meus amigos e amigas, vamos tomar cuidado com o nosso cartão de crédito! Fiquemos atentos, pois ele possui um limite de crédito para saques, compras etc., que é disponibilizado levando-se  em conta vários fatores, principalmente a sua renda mensal. À medida que você realiza compras este  limite disponibilizado,  é claro, diminui, sendo restabelecido após a confirmação do pagamento da fatura.

Bom, vamos para o que meu amigo Azambujanra me falou preocupadíssimo que o seu sobrinho ficou enamorado por uma moça desde a primeira vez que a encontrou. O pai da referida é um empresário bem sucedido, que lida com ouros e diamantes no Norte do Brasil. No ano passado o pai dela viajou à França e deixou o seu carro à  disposição da filha,  para os prazerosos passeios com o seu namorado , sobrinho de Azambujanra,  no grande Recife e interior do Estado, e este ano com perspectiva de ambos amantes  conhecerem o carnaval da Bahia e Rio de Janeiro (pois o sobrinho do meu amigo já conhece o roteiro, mas a namorada ainda não e a passagem aérea ao Rio de avião será saindo de Salvador).

Mas, a maior preocupação de Azambujanra é que, apesar de toda advertência que já fez ao sobrinho de que o cartão de crédito é pessoal e intransferível e que o mesmo nunca deverá emprestá-lo para ninguém, mesmo assim ele não deve dar bobeira, nem tampouco revelar sua senha. O pior é que tudo isto a sua namorada já possui todos os dados e o seu sobrinho só tomou conhecimento quando foi comprovado  pela gerente do seu banco faturas diversas com o uso de seu cartão com e sem autorização, levando a crer que a mesma é uma grande oportunista.

Decepcionado, ele disse com ímpeto: Eu gosto muito dela como também de algumas de suas amigas e amigos. Comunicativa, demonstra amor ao meu sobrinho,  mas com essas falcatruas, sabendo quem eu sou, com toda a sua religiosidade, ela me desrespeitou! Puxou ao pai que vive de trambique e que já enganou até a mãe (sic). Ela pediu perdão e juntamente com o pai pagou à vista todas as despesas. Como o problema não é caso isolado, não iremos prejudicá-la pelos seus atos mal feitos. Independentemente de religião, as minhas sugestões foram aceitas e uma delas é que o amor é tudo na vida e a continuarem se amando e a não mais praticar atos que prejudiquem os seus próximos. Ela chorando emocionada, disse:  “Que Deus conceda a sua graça sobre todos vocês. Amém”

Finalmente, para a felicidade de todos nós cantamos a oração de São Francisco de Assis:

“(...) consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida eterna!”



*Escritor, poeta teólogo e teatrólogo pernambucano    

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