terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Completamente sozinho

* Por Eduardo Oliveira Freire

Parece que estou uma eternidade nesse ônibus. A condução fica cheia, vazia e continuo sentado no mesmo lugar. Mas, tenho a impressão que estou numa dimensão diferente. Mesmo ao redor das pessoas, estou completamente sozinho.

Agora, a condução está com alguns “gatos pingados”. O ônibus para e alguns caras esquisitos entram e, em seguida, assaltam os poucos passageiros. Um dos bandidos vem à minha direção e me manda tirar o relógio.

Fico feliz, já que alguém me vê, depois de tanto tempo. Entretanto, os parceiros o questionam o motivo de ele falar sozinho em frente do assento vazio. Vão embora em seguida e continuo minha viagem.

* Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante a escritor


Um comentário:

  1. Apenas a alma está presente e o espírito não é visível para todos. Alma e espírito são duas entidades distintas, dizem os Kardecistas, mas do ponto de vista literário são similares. Final desapontador, mas não desabonador. A sua linha evolutiva de narrar tem se tornado a cada dia mais interessante, Eduardo.

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