segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A vida e os tempos mudaram

* Por Roberto Corrêa

Dá a impressão que os tempos são os mesmos: dia, sol, noite, lua, frio, calor e assim por diante. Mas, aprofundando a reflexão, notamos que sendo a vida movimento e a liberdade do homem ampla, constatamos que, de modo geral, tudo mudou.

No afã de aproveitar o máximo da natureza com o mínimo esforço, muito se destruiu e, na atualidade, tendências ecológicas surgem por todos os cantos, pela necessidade de preservá-la e evitar sua depredação ou degradação ainda maior.

Lógico que se tudo mudou, a vida ou maneira de ser vivida tinha também de sofrer os efeitos das novas situações, ambientais e outras. E agora, na segunda dezena do século 2.000, estão se exteriorizando impulsos e formas de viver reprimidos e ainda não vistos pelas gerações anteriores.

Parece-nos que a tendência anárquica anda proliferando fartamente, como explicitam jornais e noticiários televisivos. Quase todos os dias grupos infiltrados por anarquistas predominam nas manifestações populares que deveriam ser reivindicatórias, mas pacíficas. Tais grupos passam a depredar o que veem pela frente, inclusive prédios públicos, principalmente no Rio de Janeiro, São Paulo e grandes cidades razão pela qual podemos temer que as próximas eleições virem também perigosa bagunça, podendo pôr em risco nossa ainda precária democracia.

A vida familiar que até os idos de 60-80 se sustentava cambaleando na forma tradicional, recebeu em 1977 o impacto da Lei do Divórcio e todas as porteiras da sexualidade contidas e controladas foram abertas, permitindo avanços das libertinagens na pluralidade de suas infindas variações.

Com a libertinagem sem freios, nada podendo ser proibido, o livre arbítrio, impedindo qualquer censura e restrição o SIM com absoluto predomínio, o NÃO banido do vocabulário, como temos acentuado em nossos escritos, ignoramos qualquer boa previsão sobre o futuro.

Damos graças a Deus, mais uma vês, por sermos um país nascido e criado sob a égide do Cristianismo e assim termos a quem recorrer em nossos temores e sobressaltos. Esperamos, pois, que a Misericórdia Divina, sendo infinita, os misteriosos efeitos da Redenção de Jesus alcancem seus filhos que Nele confiam e fazem de tudo para manter a fé e a esperança.

* Roberto Corrêa é sócio do Instituto dos Advogados de São Paulo, da Academia Campineira de Letras e Artes, do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico, de Campinas, e de clubes cívicos e culturais, também de Campinas. Formou-se pela Faculdade Paulista de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Fez pós-graduação em Direito Civil pela USP e se aposentou como Procurador do Estado. É autor de alguns livros, entre eles "Caminhos da Paz", "Direito Poético", "Vencendo Obstáculos", "Subjugar a Violência”, Breve Catálogo de Cultura e Curiosidades, O Homem Só.


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