segunda-feira, 17 de junho de 2013

Formas de amar a Deus 2

* Por Roberto Corrêa

No artigo anterior, escrito há mais de dez anos (como nele salientei), nosso espírito seria dominado pela rigorosa educação e formação religiosa, de modo que, passados tantos anos podemos tecer e fazer outras considerações, talvez atualizando a maneira de pensar que nos envolve. Naquela época era o rigorismo, o pecado centralizando quase todas as nossas ações. Então começou o “arejamento” e mentes mais leves e benevolentes começaram a insinuar que Deus é bondade e amor e como tal precisa ser considerado e que sua misericórdia é infinita.

Aí entra novamente o psilone da questão, pois, segundo a citação de João já referida naquele texto a principal forma de amar a Deus (que não vemos) consiste em observar os mandamentos (Decálogo), com proposições bastante negativas ou proibitivas: não pecar contra a castidade, não cometer adultério, falso testemunho, obedecer aos pais etc.

Prevalecendo, nos tempos atuais, as ideias liberais modernas com amplo apoio de todas as mídias (que o príncipe das trevas domina com amplidão e facilidades), a sociedade chegou ao lastimável estado em que se encontra, onde desapareceu qualquer espécie de pudor e a violência cresceu de forma insólita e assustadora.

O problema é como encontrar soluções, que deveriam tentar recuperar o tempo perdido e isso é quase impossível para gerações que praticamente, viveram em “tempos analógicos” e que convivem agora com as novas de “tempos digitalizados”. Mas, os cristãos não podem perder a esperança e os católicos brasileiros estão esperançosos com a visita do Papa Francisco em julho próximo que já foi eleito inclusive para iniciar o processo de readaptação do entendimento religioso, onde se inclui, evidentemente, as formas de amar a Deus.

Sinto-me obrigado, ao encerrar este texto, a relatar que fui assaltado ao chegar em minha casa pelas 19 horas do dia 8 de junho, o que deixa bem claro que a violência não é apenas “literatura” e pode acontecer com qualquer um e nos reforça o contínuo pedido à Misericórdia Divina para sobrevivência digna sem a fúria das reais maldades do mundo.

* Roberto Corrêa é sócio do Instituto dos Advogados de São Paulo, da Academia Campineira de Letras e Artes, do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico, de Campinas, e de clubes cívicos e culturais, também de Campinas. Formou-se pela Faculdade Paulista de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Fez pós-graduação em Direito Civil pela USP e se aposentou como Procurador do Estado. É autor de alguns livros, entre eles "Caminhos da Paz", "Direito Poético", "Vencendo Obstáculos", "Subjugar a Violência”, Breve Catálogo de Cultura e Curiosidades, O Homem Só.


Nenhum comentário:

Postar um comentário