segunda-feira, 20 de maio de 2013


Saudade

* Por Núbia Araujo Nonato do Amaral


Deixo o chinelo na entrada
subo os degraus da varanda,
pela brecha da janela
a cortina de voil me espia.
Sento-me na velha cadeira
e fecho os olhos...mordo
os lábios sem dó, não ouso
chorar.
O teu rosto já se esmaece
em minhas lembranças,
só tua poesia permanece
tropeço nela aqui e ali
não piso nas folhas
tenho medo de quebrar
teus versos.


 * Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário

Um comentário:

  1. Um coração partido e cheio de inspiração é que pode fazer um poema que toca as cordoalhas tendíneas de outro coração, porém o anatômico. O meu, e emociona.

    ResponderExcluir