sábado, 20 de abril de 2013


Escrever é preciso?

* Por Clóvis Campêlo
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Para Jomard Muniz de Britto
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Parafraseando o poeta, perguntaríamos: quem lê tanta notícia?

A leitura, afinal, alimenta a vida ou a vida deve ser dividida entre a leitura e o viver?

A lei da vida atura leituras diversas não vividas ou é a vida uma leitura adversa e não dividida?Entre a dúvida das leituras não vividas e a dívida das vidas não lidas, por quem balançaria o seu coração?

Por outro lado, que impulsos estranhos e ancestrais levariam os poetas a se esquecerem da vida e, divididos, distanciarem-se de si mesmos para a prática de outras leituras?

Esse impulso esquizóide serviria para um entendimento mais amplo do mundo que nos cerca - poetas e leitores - ou apenas serve para fazer-nos esquecer (fuga nº 2?) esse mesmo vasto mundo?

Enfim: escreviver ou viver visões?

E, raimundos ou severinos, buscar rimas ou soluções?

Navegar nas águas de um espelho é preciso ou não existem outras traduções/leituras possíveis para a ilusão da vida?

            ·  Poeta, jornalista e radialista de Olinda/PE 
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