terça-feira, 20 de novembro de 2012

Poema do louco amor

* Por Talis Andrade

Fazíamos o louco amor
como condenados à morte
a que tudo torna permitido
no suspense voraz
dos segundos a finarem
na última rodada
das longas facas afiadas.

Fazíamos o louco amor
sob a tensão brutal
do profetizado apocalipse
à beira do quarto do motel.
Daí porque tantas fogueiras,
daí porque tantos relâmpagos


* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 13 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Romance do Emparedado” (Editora Livro Rápido) e outros à espera de edição.

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