terça-feira, 23 de outubro de 2012

Assobio

* Por Alberto Cohen

Um assobio em tom menor
e ela tem início.
Sem dono, sem pouso certo,
talvez um único destino:
Alguém para quem foi composta
e faz que não a escuta.
Flutua no tempo de hoje
trazendo quem sabe um passado
com sonhos de amanhã,
um beijo eternizado
nessa canção de procuras,
nesse assobio de recados
que manda o assobiador.
É um grito de socorro
de quem assobia e chora,
de quem sente a toda hora
que pode morrer de amor.


• Poeta e escritor paraense

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