sábado, 27 de outubro de 2012

A podre humanidade

* Por Osvaldo Pastorelli

O tempo em louca convulsão escorre sons indiferentes ao ponteiro do relógio.

As palavras expressadas livremente dentro da luminosidade dos copos cheios de fugas sejam talvez apenas palavras transmitidas pelo sentimento positivo que há no tempo corroendo os fracos de amor e os fortes de solidão.

O vento corta na diagonal dos passos enrijecendo bicos empinados de sexualidade exalando prazeres destemidos pela audácia dos olhares famintos e sequiosos.

Curvam-se vontades arrastadas por situações imprevistas surgidas ocasionalmente pela exigência do momento.

Crispam-se mãos espalmadas gesticulando aos Deuses a saudade que fica e a saudade que de longe fere o coração do amado.



• Poeta e artista plástico

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