quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Semeaduras

* Por Alberto Cohen

Era uma estrada mágica e repleta
de flores que plantavas nos cabelos,
fazendo-te de fada para os zelos
das minhas mãos de fauno e de poeta.

Com imensos cuidados te despia,
a descobrir detalhes novamente,
qual se teu corpo não fosse presente
nos versos de paixão que eu escrevia.

E transbordava o amor num céu de grama
destinada por Deus para ser cama
de originais pecados redimidos.

Jardineiros mais puros e inocentes,
plantávamos ali nossas sementes,
num canteiro de flores e gemidos.

• Poeta e escritor paraense

Um comentário:

  1. Repreensível pelo clamor da carne e irretocável pela perfeição dos versos num misto de luxúria e inocência.

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