terça-feira, 28 de fevereiro de 2012







Lunas de Julieta Viñas Arjona

* Por Talis Andrade

Quando se foi o sol
Julieta no balcão
se fez poesia
esperando o rouxinol

As mãos de Julieta deslizam
pelas cordas de uma harpa
e seus dedos vão dando voltas
pela lua de Lorca

Seus dedos vão dando voltas
na lua de inúmeras faces
Seus dedos vão dando voltas
na luna violácea
donde unos poetas
beben cazalla
y otros traman nuevos despropósitos

Julieta no balcão
se fez música
amanhecia o dia
nem percebeu
a companhia
de uma cotovia

* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).

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