quarta-feira, 28 de dezembro de 2011



Uma vida bem escrita

* Por Fabiana Bórgia


Estava pensando sobre isso, quando refleti, mais uma vez, sobre o significado da palavra felicidade. Como escrever bem a própria vida? Como ser feliz? Aliás, o que é ser feliz?
Pergunta curta, mas difícil de ser respondida, pois a felicidade traduz um estado de espírito muito mais profundo do que satisfação. Assim, a resposta é demasiada longa e a procura infinita. Há aqueles que levam uma vida toda para descobri-la. E há aqueles que nunca descobrem, a não ser por meio das perdas. Porém, há também aqueles que sabem bem o que é a felicidade, mas por pensarem muito sobre o assunto, acabam transformando a felicidade, extremamente simples, em complexa e distante.
Afinal, o que é felicidade? E como ser feliz, se o ser humano é feito de erros e acertos?
Tudo na vida vale a pena, exceto se trouxer um sofrimento desnecessário a alguém. Aliás, ninguém é feliz causando a tristeza alheia.
Só é feliz quem aprende, quem luta, quem ama verdadeiramente, quem perdoa, quem supera. Quem confunde felicidade com prazer, certamente não é feliz.
Quem acredita que ser feliz é viver o momento, também não é feliz. A vida pode ser feita de momentos, mas apenas o que forma laços é capaz de construir.
Até hoje eu procuro acertar. E se erro, sei que foi a primeira e última vez.
Não costumo repetir erros, quando eles afetam outras pessoas. Meus erros só podem afetar minha própria pessoa.
Ser feliz é construir a virtude, é ir atrás do amor que consegue nutrir esperanças. Ser feliz é ter força e sabedoria para acertar. É acreditar que Deus pode fazer a perfeição, que você, por si só, nunca vai ser.
Se eu não soube definir, pelo menos estou procurando sim ter uma vida bem escrita.

• Escritora por vocação e advogada por formação. Paulista por natureza e carioca por estado de espírito. Engenheira de sonhos: alguém em eterna construção. Autora do livro “Traços de Personalidade”

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