segunda-feira, 28 de novembro de 2011







As visões de Borges

* Por Talis Andrade

Avejões e manes queridos
vagam pelo gabinete de Borges
saídos de empoeirados livros
transcritos por velhos monges
à luz mortiça dos brandrões
nos frios conventos medievais
As aparições dos manes e avejões
dão contornos e odores à solidão
evitando que tudo se transformasse em trevas
Vazio o espaço que a mão não alcança
Vazio o dia se o tempo
não contivesse sons particulares
que distinguissem
as horas mortas as horas vivas

* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).

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