terça-feira, 30 de agosto de 2011



Cresce sob a praça um riso escasso

* Por João Alexandre Sartorelli

Na manhã acabrunhada e pura.
Nas frestas sem luar, nos alfarrábios,
Incensos sem broquéis, literaturas.

Cansado de esperar, em vão procuro
A glória de saber, a vil beleza
Das noites sem luar, o lago impuro
Onde boiam desejos e certezas.

Há muito a esquecer, o pão dormente
Na mesa sem toalha, a ceia fria,
Casais no frio da noite indecente.

O pouco que restou, a alegria,
Os dias de teu sol e riso ardente,
A hora que ora segue, tão vazia.

* Analista de Sistemas por profissão e poeta por vocação

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