terça-feira, 22 de março de 2011




A antítese

* Por Clóvis Campêlo

Queria a revolução,
toda a mudança possível,
toda a certeza do não,
queria todo o não crível:

sabia que em pleno avesso
haveria um recomeço.

Não contava, no entanto,
que para toda alegria
haveria o mesmo pranto,

que todo não era um sim,
e todo começo, um fim.

• Poeta, jornalista e radialista de Olinda/PE

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