terça-feira, 21 de setembro de 2010




A serpente e a maçã

* Por Clóvis Campêlo

Era só monotonia
a vida no paraíso,
tudo correto e preciso,
sem tristeza ou alegria.

Eis que um dia, de repente,
em pleno sol da manhã,
a suculenta maçã
desperta o olhar da serpente.

Por que, então, preservá-la,
negando-se ao prazer?
Mas, para poder prová-la

preciso será romper
a lei e não acatá-la,
desafiando o poder.

• Poeta, jornalista e radialista do Recife/PE

Um comentário:

  1. E a monotonia cederá a vez para dias
    incertos.
    Tempos de calmaria e de turbulências...
    Há quem sentirá falta dos tempos
    mornos.
    Adorei Clóvis.
    Abraços

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