domingo, 29 de agosto de 2010


Vidas inventadas

* Por Fabiana Bórgia

Muito difícil fazer mudanças drásticas em nossas vidas. Geralmente isso ocorre quando nos separamos de alguém, quando a vida traz uma dificuldade complexa no meio do caminho, quando passamos por doenças, morte na família, por exemplo.

Eu gosto de vidas inventadas. Acho uma tremenda chatice fazer tudo o que todo mundo faz, igualzinho, sem criatividade, dentro dos padrões. O fato de eu achar isso tudo uma mesmice, não muda o fato de que também faço o que todos fazem. Sigo este roteiro.

E quando menciono a palavra "mudanças", as pessoas escutam isso como se fosse uma bomba prestes a estourar. Como se fosse a coisa mais incerta do mundo, a atitude mais louca, mais insana, mais vazia. Por quê? Porque nem todos têm coragem de se aventurar.

Eu mesma admiro tanto assim as mudanças, porque me acovardo diante das possibilidades. No entanto, eu nunca critiquei pessoas ousadas. Quero ser uma delas daqui a algum tempo e ter quantas vidas inventadas eu desejar.

Quando isso acontecer, vou atrás da arte. E então posso ter todas as vidas possíveis.
Espelho não ensina nada a ninguém. A gente só cresce quando entende as diferenças. E quando busca os próprios significados para viver, sem experiências alheias. A experiência é vivência pessoal. Se não for minha, não vale para nada.

• Escritora por vocação e advogada por formação. Paulista por natureza e carioca por estado de espírito. Engenheira de sonhos: alguém em eterna construção. Autora do livro “Traços de Personalidade”

Um comentário:

  1. Eu fico muito feliz por ser citada no seu blog. É isso que eu busco: escrever. Escrever possibilita reinventar a vida. Obrigada pela leitura. Beijos.

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