segunda-feira, 28 de junho de 2010




Antes de parar para pensar eu pensava assim

* Por Renato Manjaterra

Alguns axiomas: Pontepretano bom é o presente. O que vai no campo.



Porque o que nos faz diferentes, digo, melhores pessoas do que os torcedores de outros times senão isso de que nós somos feitos no Majestoso, nunca através de um meio de comunicação, por mais privilegiado, online, 3d e com até cheiro?!

Eu me acho muito infinitamente mais torcedor do que absolutamente todos os sãopaulinos que conheço à exceção do meu primo Mirinho, que acho que até trabalhou no Morumbi e conhece aquilo como o Rogério Ceni. O resto deles? Nem discuto! Todos eles escolheram o São Paulo! Dois deles antes do Raí.

Não muda nada escolher um time do povão porque isso só legitima os povão. Se você torce para um time que leva cem mil ao estádio, bom para os cem mil. Pra mim se você não vai ao estádio para se fazer ouvir pelos seus adversários, a federação e seu próprio time, você é tão torcedor quanto qualquer saopaulino. Na minha época isso se chamava “radinho”. Hoje que você vai no estádio e pelo telefone assiste a outro jogo da rodada não sei como se chama. Acho que hoje, com toda a tecnologia, esse torcedor que acha que um milhão de loucos compensam a sua ausência se chama “torcedor-dublagem-da-Rede-Globo-louco-por-ti-juca-kfuri”.
..
Tenho contato profissional com um palmeirense nascido em São Roque e que trabalha em Campinas. Tem, chutando alto, cem horas de estádio, somando as do São Bento – média de um pontepretano de seis anos. Quando eu falo que é um ´radinho` ele se morde e diz que já gritou é campeão no estádio. Deve ser verdade.

Se eu tivesse escolhido um time para torcer eu também teria.


Quem é pontepretano sabe muito bem que se um dia o futebol moderno relegar a Ponte Preta ao amadorismo, e a gente combinar de torcer todo mundo pro Barça, a gente vai assistir mais decisão e festa de caneco do que ele jamais sonhou.

* Jornalista e escritor, webdesigner, colunista esportivo, pontepretano de quatro costados, autor do livro “Colinas, Pará” com prefácio do Senador Eduardo Suplicy, bacharel em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUCAMP, blog http://manjaterra.blogspot.com

3 comentários:

  1. Torcedor que comparece aos jogos, acompanha
    toda a trajetória do clube e procura estar sempre informado sobre tudo o que acontece é o verdadeiro torcedor reconheço.
    Tenho um em casa, é Botafoguense e quando vislumbra algum tipo de ato de má fé de alguém que faça parte da direção do clube, convoca
    as torcidas e mesmo que nem sempre consigam
    influenciar nas decisões, fazem a diferença.
    Abraços.

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  2. O torcedor apaixonado pode ser patético, mas geralmente é encantador.

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  3. Nubia, é um botafoguense que eu sempre vou respeitar.
    Mara, pode tudo, na hora do gol então... só não pode bater em gente, né?

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