sexta-feira, 22 de janeiro de 2010


Nosso diferencial

Caros amigos do Literário, boa tarde.
O leitor Eduardo de Castro observa, a propósito da pouca quantidade de comentários em nosso espaço que, a seu ver, isso se deve ao fato dos textos ficarem pouco tempo na página. Entende que, se fossem renovados não diariamente, como são, mas com uma periodicidade maior (a seu ver, deveria ser de dois a três dias), mais pessoas os leriam e comentariam.
Respeitosamente, discordo. Ademais, muita gente interpretou mal minhas cobranças, achando que considero os comentários essenciais para nossa existência e nossos propósitos e objetivos. Não considero. Aliás, se for para dizer besteira, é melhor que ninguém nem se manifeste. O fundamental, no Literário, são os textos, comentados ou não.
A renovação diária deles, aliás, é nosso maior diferencial em relação a espaços semelhantes ao nosso, muitos deles melhores, mas a imensa maioria infinitamente pior. Para mim, seria cômodo alterar essa periodicidade.
Se para muitos colunistas, é complicado redigir uma única coluna por semana (e de uns tempos para cá, muitos têm me deixado, lamentavelmente, na mão), imaginem o que é para mim ler, diariamente, uma centena de textos, selecioná-los, fazer sua edição, obter a imagem que mais se adeque a eles e, de quebra, escrever todos os dias esta introdução, que muitos julgam supérflua e que a maioria sequer lê. É uma loucura! Mas não me queixo.
Só lamento cometer tantos deslizes de edição (e são muitos da minha parte), todos motivados pela correria. Afinal, embora se trate de clichê, é exatíssima a afirmação de que “a pressa é inimiga da perfeição”. Ainda assim, prefiro correr esse risco a modificar nossa principal característica, que é a variedade e a concessão de oportunidades àqueles que raramente as têm em outros espaços.
Entre comentários de leitores e textos dos colunistas e colaborares, óbvio, fico sempre com estes últimos. Apesar de não dispor de muito tempo (reitero) para acessar várias vezes ao dia o Literário (pois sou jornalista, felizmente, em plena atividade profissional) pude observar que os leitores que têm comentários a fazer, fazem-nos minutos ou no máximo umas duas horas após minhas postagens.
Poderia, pois, deixar a página sem atualização por um mês ou mais que, à exceção dos que comentam assiduamente (e são esses os que contam, pois sempre têm palavras judiciosas e inteligentes a dizer) ninguém mais comentaria.
Portanto, caro Eduardo, fique ciente que não dou tanta importância assim à quantidade de comentários (na verdade, e me perdoe a franqueza, não dou nenhuma). Valorizo, isso sim, a qualidade deles. E os que comentam assiduamente sempre têm o que dizer (ao contrário dos omissos e acomodados).
Digamos que você tenha razão (embora eu insista que não tem) e que a mudança de periodicidade das edições ensejasse, de fato, maior número de comentários. Você acha que eu trocaria os textos dos nossos colunistas e colaboradores por um bla-bla-bla em geral vazio e inconsistente? Não, não e não! Por mais medíocre que eu fosse, não faria essa troca burra e sem sentido (e não farei).
Nosso Literário seguirá sendo rigorosamente diário, publicado em todos os dias do ano, de domingo a domingo, sem falhar nunca, nem em feriados. Estou prestes a tirar férias, mas mesmo que eu viaje, esteja onde estiver, darei um jeito de atualizar as edições. E todos os dias. E seguindo o padrão estabelecido, mesmo que este não seja do agrado de muitos, que ora reclamam do visual, ora do conteúdo e vai por aí afora. É assim que sei fazer e assim farei. E não tocarei mais no assunto referente a comentários, prometo.

Boa leitura.

O Editor


3 comentários:

  1. É deprimente entrar num site ou blog e ver que lá estão os mesmos textos por dias sem conta. É sinal de decadência. A vitalidade deste blog está exatamente na característica de atualização diária. Voto pela manutenção dessa periodicidade.

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  2. Valeu Pedro!
    Visito muitos blogs e geralmente desisto
    de comentar justamente por causa da falta
    de atualização.
    São blogs frios.
    Beijão

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