domingo, 24 de janeiro de 2010




Fogueira

* Por Yeda Prates Bernis

Espio à beira
do que chamam de minha alma.
Fingindo calma,
vejo no poço uma fogueira
queimando o já tão pouco
do muito edificado.
Não como um louco
mas como quem não presta
atenção, despejo gasolina.

Tudo o que resta
é um choro de menina.

(Livro O Rosto do Silêncio, Edições Cutiara, 1992).


* Poetisa

Um comentário:

  1. O fogo só se apaga de vez
    se der as costas para ele.
    Fogo é vida...mantenha-o aceso.
    Bela poesia.
    Beijos

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