terça-feira, 17 de novembro de 2009




À flor da pele

* Por Evelyne Furtado

S
er citada em um belo texto da escritora potiguar Zélia Maria Freire fez festa em meu coração. Diz Zelinha que sou expert em amor. Deve ser porque já escrevi muito sobre o assunto. Diz ainda, Dona Zélia, que tenho sensibilidade à flor da pele e aí já não questiono. Ganhei até coluna com esse título no Literário.

Sou sensível em excesso o que me faz viver com intensidade alegrias e dores.Quando o bem me visita recebo-o com emoção. Abro portas e janelas. Entrego corpo, alma, coração. Sou boa anfitriã. Sirvo o melhor de mim.

Retribuo pão e vinho. Quando o mal se insinua eu tremo aos sinais. Às vezes finjo não vê-lo até que ele se impõe. Então não tem volta. Bato a porta na cara. Choro o que tenho direito. Recolho-me para recuperar as energias.

Se choro em filme de amor e fecho os olhos em cenas de violência, imaginem o que sinto quando sou protagonista da história? Sofri todas perdas. Vivi todos os amores. Todas as minhas emoções são sentidas com verdade. Não escondo de mim mesma os sentimentos.

Aprendo no amor e na dor, pois muitas vezes não posso escolher. Não quero perder a sensibilidade. Quero alargar os sentidos e prestar mais atenção aos sinais. Quero trocar amor com amor. Quero trocar paz com paz. Quero aprender a escolher. Quero um olhar sincero, para melhor me ver.

Quero ouvir Zeca Baleiro, arder antes do juízo final, receber bilhete de amor em papel de pão, tocar o céu junto a quem me fizer feliz e acreditar no amanhã.

* Poetisa e cronista de Natal/RN

3 comentários:

  1. A citação é mais que merecida. E que tudo isso que você quer no texto de hoje continue acontecendo pra você, Evelyne. Um beijo.

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  2. Evelyne

    Uma das melhores coisas do mundo é encontrar pessoas verdadeiras. Pessoas que não se escondem atrás de máscaras. Algumas se escondem tanto, que quando querem ser elas mesmas já não conseguem.Continue assim.
    Beijos
    Ris

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  3. Sou uma incorrigível apaixonada. Já amei quatro vezes e estou em busca de me apaixonar novamente. Só não sei se vou conseguir parar com essa mania, quase vício de chorar quando penso nos bons momentos, tão recentes e tão passados. Quero seguir a sua linha, cara Evelyne. Onde você colocar o pé, estarei seguind-a nas atitudes: amar quando o amor vier, e chorar quando for inevitável.

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