terça-feira, 17 de novembro de 2009




Dos liames do amor

* Por Talis Andrade

Não há espada que corte
o nó górdio do amor
Dilúvio que aparte
o emaranhamento dos amantes
Fogo que afaste os corpos
que se tocam se penetram
no enroscamento das serpentes
Não há espada que corte
os invisíveis fios
da urdidura e da trama
Oração encantamento
que desfaçam os apertados laços
da sedução
Nem a morte que tudo separa
e desfigura
desliga dois corpos unidos
pelos fortes
liames de uma paixão

(Do livro “Romance do Emparedado”, Editora Livro Rápido – Olinda/PE).


* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).

Um comentário:

  1. Putz, Talis! Que belo poema, que injustiça ele ficar sem comentário. Vou divulgá-lo agora mesmo.
    Abraço fraterno.

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