Literário

Prêmios Literários

Os organismos culturais – quer estatais quer particulares – de quase todos os países do mundo (pelo menos dos culturalmente mais avançados), estabeleceram, em datas que variam bastante uma da outra, prêmios literários para produções que considerem as “melhores” de cada ano. Alguns são recentes enquanto outros já têm cem anos ou mais.
A culminância, claro, o máximo da glória para qualquer escritor que se preze, é o Nobel de Literatura. Como ressaltamos ontem, é a sua consagração definitiva, além da desejável independência financeira. Se já eram conhecidos mundialmente antes de serem premiados, tornam-se mais ainda após serem laureados. E se não eram, saem, definitivamente, do anonimato e alçam o maior vôo que poderiam aspirar para o estrelato.
A imensa maioria dos que escrevem, e publicam, livros não se preocupa com essas premiações. É a última coisa a lhes passar pela cabeça. Sua preocupação fundamental (embora não exclusiva) é, pela ordem: produzir uma obra consistente, conseguir uma editora que a publique, divulgar essa produção de formas a torná-la vendável e vender, vender o máximo possível, não visando, especificamente, o lucro (embora este também seja importante), mas objetivando alcançar um número máximo de leitores.
Há, porém, escritores que já atingiram um estágio tão elevado de prestígio e credibilidade no meio editorial, que gozam de tamanha fama e respeito intelectual com o público e a crítica especializada, que adquirem o direito de “sonhar” em conquistar um prêmio, não importa qual. Primeiro, provavelmente, o nacional que, se vier, multiplicará ainda mais sua cotação. E, se tudo correr bem e se conseguir apoio de importantes entidades internacionais, que façam e avalizem sua indicação, passam a aspirar o tão cobiçado Nobel.
Muitíssimos frustram-se. Uns raros, todavia, conseguem chegar a esse degrau máximo. Quase nunca, porém, há consenso na opinião pública em relação aos ganhadores. Essa história de “melhor obra”, mesmo que apenas do ano, é algo muito, muitíssimo subjetivo. O que para uns, por exemplo, é o máximo de excelência, para outros tantos é de uma chatice abissal. E para obter a premiação, a opinião que conta não é a do público, dos críticos, das editoras e sequer dos leitores. É a das respectivas comissões julgadoras.
Vêm-me, de imediato, à memória, os mais importantes desses prêmios nacionais. Pode-se mencionar, por exemplo, sem precisar recorrer muito à memória, o “Pulitzer”, nos Estados Unidos, que em termos de prestígio perde, apenas, para o Nobel. Outra dessas premiações prestigiosas é o Prêmio Goncourt, na França. Ou o “Book Prize”, na Grã-Bretanha. Ou o “Cervantes”, na Espanha, ou o “Camões”, em Portugal. Ou, mesmo, o “Jaboti”, no Brasil. Voltaremos, certamente, ainda muitas vezes ao assunto, que tem muitos aspectos a considerar.

Boa leitura.

O Editor.