sexta-feira, 31 de julho de 2009




O complô dos cafajestes

* Por Rodrigo Ramazzini


- Amor! Você realmente me ama?
- Amo!
- Por que então não demonstra? Por que não fala com o meu pai e assume o nosso namoro?
- É que...
- O seu amigo Leandro mal começou a relacionar-se com a minha irmã e disse-lhe que logo falará com o pai...
- Ele disse isso?
- Falou também que irá aos noventa anos do meu avô. Festa que, diga-se de passagem, você não falou que não freqüentaria.
- Volta um pouco. O Leandro pedirá a sua irmã em namoro para o seu pai. Foi isso que você disse?
- Isso mesmo!
- Sei!
- E mais...
- Tem mais?
- Ele falou que lhe procuraria para vocês conversarem, antes dele apresentar-se ao pai.
- Conversar sobre o quê?
- Oi! Planeta terra. Brasil. Rio Grande do Sul. Acorda Diego! Olha sobre o quê? Sobre o que estamos falando?
- Sobre o Leandro.
- Aí meu Deus! Vou simplificar, ou melhor, vou lhe adiantar o assunto que ele tratará com você. O Leandro lhe convidará para ir conhecer a minha família juntamente com ele.
- Ele disse isso?
- Falou! Ele só não foi à minha casa ainda porque quer falar com você primeiro.

E o Diego, passando a mão no queixo, pensou: “Bom garoto! Como combinado. Ganhamos no mínimo mais dois meses”. Sorriu. E redargüiu, beijando a testa da namorada:
- Pode deixar amor que eu falo com ele...

* Jornalista

2 comentários:

  1. Vai de uma orquestração a um esquema que visa engar a eles mesmos. Parece que estão fazendo uma grande coisa, mas estão mesmo atolados num mar de mentira.

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