sexta-feira, 31 de julho de 2009


Astros do ensaio

O Brasil tem produzido, ao longo dos anos, excelentes ensaístas, que não ficam nada a dever aos grandes astros do gênero, de outros países. Pode-se afirmar que, diariamente, em especial nos meios acadêmicos, são produzidos primorosos ensaios, divulgados, via de regra, em meios específicos da internet. Basta acessar esses sites e/ou blogs, e conferir.
Para não cometermos injustiças, e nem causarmos melindres (afinal, o Literário é lido por inúmeros escritores), citamos, apenas, alguns desses autores, e de um passado na verdade ainda recente. Estão, neste caso, Augusto Meyer, Alceu de Amoroso Lima, Gustavo Corção, Sérgio Milliett e o diplomata Álvaro Lins, com seu instigante livro “A glória de César e o punhal de Brutus”.
Portugal, por sua vez, conta com poucos ensaístas ilustres. Destes, destacamos, é claro, Alexandre Herculano (uma espécie de mito na literatura de língua portuguesa) e Antero de Quental. Entre os espanhóis, deve ser, forçosamente, mencionado, além do poeta Miguel de Unamuno, o filósofo José Ortega y Gassett, um dos ensaístas preferidos deste Editor.
Dos norte-americanos, já enfatizamos a atuação, em considerações anteriores, de Henry David Thoreau, cujos textos integram todos os currículos de literatura inglesa das escolas dos Estados Unidos. Mas não podem ser omitidos os nomes dos extraordinários filósofos Ralph Waldo Emerson e Will Durant (este último, autor dessa autêntica jóia literária e filosófica que é o livro “Filosofia da Vida”). James Lowell, igualmente, não deve ser esquecido.
Em língua germânica, os ensaístas que mais chamam a atenção deste Editor são Thomas Mann, Hannah Arendt e Stefan Zweig (húngaro de nascimento, que teve fim trágico, aqui no Brasil, ao cometer suicídio).
Entre os russos, apesar de algumas restrições, o destaque vai para Leon Tolstoi, em sua fase mística. Muitos críticos literários entendem que essa foi a etapa da sua decadência literária, em que teria escrito textos de qualidade inferior. Pode ser. Ainda assim, nos legou, nesse período, alguns ensaios de imensa sabedoria e profundidade.
Os ensaístas mais conhecidos (e mais lidos) são, todavia, tanto os franceses, quanto os ingleses. Na França, além de um dos criadores do gênero, Michel Eyquem de Montaigne, não podem ser omitidos nomes como os de Montesquieu, Voltaire, Hippolyte Taine, Jean de La Bruyere, Charles Auguste Saint-Beuve, Paul Valéry, Albert Camus e Marguerite Yourcenar, entre tantos e tantos outros.
Já na Inglaterra, temos uma quantidade tão grande de notáveis ensaístas, que dificilmente este Editor não irá se esquecer de algum bastante destacável. Afinal, não possui tão boa memória quanto deseja.
Além de Francis Bacon, nomes que não podem ser omitidos jamais são os de John Locke, Abraham Cowley (poeta), Daniel Defoe (jornalista), Joseph Addison, Richard Steele, Alexander Pope (o único a produzir ensaios em versos), Samuel Johnson, Henry Fielding, Oliver Goldsmith, Thomas Carlyle, Percy B. Shelley (poeta), Thomas Macaulay, William Thackerray e George Orwell, principalmente.
Que time de craques, não é mesmo?!!! Que tal você, paciente leitor e que tem pretensões a escritor, se aventurar por este gênero, que parece tão simples, mas envolve tamanha complexidade, em decorrência das idéias com que os ensaístas trabalham?! É um belo desafio ao seu talento e criatividade. Este Editor espera, um dia, ler um livro de ensaios seu.

Boa leitura.

O Editor.

Um comentário:

  1. É um time peso pesadíssimo de os também chamados pensadores. É com gente desse tipo que a humanidade evolui. Poucos têm massa cinzenta tão brilhante. Muitos ainda não conheço, mas vou providenciar.

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