sábado, 25 de abril de 2009


Fidelidade a uma causa

Entre as virtudes desejáveis e necessárias a qualquer pessoa, para um convívio sadio e harmonioso em sociedade, uma tem especial destaque e ocupa o topo da escala de valores: a fidelidade. Trata-se de uma característica cada vez mais rara nestes tempos de relacionamentos frouxos e de tibiez moral. Cada vez menos pessoas são fiéis aos seus amores, amizades, parcerias comerciais e causas (não importa de que natureza).
Basta ver as crises nos casamentos, que se desfazem, mal iniciam. Ou nas sociedades, em decorrência da infidelidade de algum dos sócios. Ou na política, porque nossos representantes não se mostram fiéis aos representados. E vai por aí afora.
Todavia, no Literário, o elo que nos liga, e que é tão forte a ponto de ninguém poder nos separar é, justamente, a fidelidade. Quando nos vimos confrontados com uma crise, que ameaçava nosso empreendimento até de extinção, o problema foi imediatamente trazido ao conhecimento dos colunistas, e estes foram liberados para “pular fora do barco” se acreditassem, de fato, que ele iria naufragar. Mudamos de endereço, o que na ocasião parecia uma temeridade, se não loucura, por todos os riscos que isso implicava, cujo principal era o de permanecer “escondido” das vistas do leitor (alvo e razão de ser da nossa existência) e, com isso, inviabilizar nosso espaço.
Sabem quantos colunistas desistiram de permanecer conosco, temerosos de encarar as dificuldades e obstáculos e contrários à alternativa sugerida, em que partiríamos, virtualmente, do zero? Nenhum!!!!!
Todos os 19 participantes fixos (a coluna do 20° está reservada a um representante do Norte do País, quando este aparecer) do Literário mantiveram-se fiéis à palavra empenhada. Essa coesão torna-nos, sem dúvida, mais fortes, mais afinados ao ideal de trazer ao público a boa Literatura e, sobretudo, mais amigos uns dos outros, a despeito das imensas distâncias geográficas que nos separam. Nosso ideal nos aproxima e faz com que não apenas nos sintamos lado a lado um do outro, mas até “habitemos” sob o “mesmo teto”, no caso o do Blogspot, do Google.
E os leitores, qual tem sido seu comportamento? Surpreendente, no melhor sentido! Há duas semanas, por exemplo, o Literário contava com apenas quatro seguidores. Hoje, há 24, com tendência desse número aumentar exponencialmente. Os colaboradores espontâneos, por seu turno, voltaram a encaminhar textos de todos os recantos do Brasil, mostrando quão grande é o nosso alcance e garantindo a nossa sobrevivência.
Sábios, portanto, são os chineses em relação à palavra crise. Esse termo, na China, é grafado com dois ideogramas de significados bem diferentes. O primeiro, significa “perigo” e o segundo, “oportunidade”. É por este segundo aspecto que nossos colunistas e visitantes encaram nossas atuais dificuldades e estão dispostos a agarrar, com unhas e dentes, a nova chance que, ademais, eles próprios criaram. Fiéis, como se mostram ser a essa causa, farão do Literário, nesta sua nova etapa, algo melhor, muito melhor, especial, especialíssimo e infinitamente mais positivo do que era em sua casa anterior.

Boa leitura.

O Editor.

Um comentário:

  1. Pedro, há possibilidade de um contador de visitas? Isso seria um motivador aos escritores, outro termômetro além dos comentários, já que muitos fazem a visita, mas não deixam pegadas. Levam no entanto boas lembranças. Que tal?

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